quarta-feira, junho 26, 2013


Sublimação

5
Estuda ou se interessa por Psicologia ou Psicanálise? Então certamente alguma hora você vai ouvir falar em sublimação, e provavelmente não será a mesma sublimação da química.
Se você estuda Psicologia e se interessa por arte, independente de qual for, provavelmente vai gostar do assunto da sublimação. Mas esse ainda é um assunto um pouco escasso para pesquisas, principalmente quando se tem a pretensão da pesquisa em Freud – criador dessa teoria – que teve poucas teorias aprofundadas sobre a sublimação. Mas mesmo assim, não se preocupe, pois, pouco depois de Freud, Lacan aprofundou-se no assunto da sublimação, assim abrindo mais espaços para pesquisas.
Eu escrevi um artigo no começo do ano sobre o assunto com a relação da música, fiz um estudo de caso da canção Wake Me Up When September Ends do Green Day. Para quem quiser baixar o artigo completo, deixarei um link final da postagem. Vou deixar uma contribuição abaixo sobre o meu entendimento. Boa leitura!



A sublimação é um mecanismo de defesa bem-sucedido – diferente da repressão, negação, formação reativa, racionalização e projeção que são mecanismos de defesas malsucedidos – onde há uma negação dos extintos (FENICHEL, 1945). Para Fenichel (1945), a sublimação é a única defesa bem sucedida. Ela se trata de pulsões sexuais e agressivas que permite a expressão do id na arte e ciência.

Vejamos o conceito de Freud sobre pulsão em sua publicação Três Ensaios Sobre a Sexualidade, especificamente no texto I (Um) com o titulo de As Aberrações Sexuais, para assim entendermos melhor como foi conceituada a sublimação:

Por “pulsão” podemos entender, a princípio, apenas o representante psíquico de uma fonte endossomática de estimulação que flui continuamente, para diferenciá-la do “estímulo”, que é produzido por excitações isoladas vindas de fora [...] a fonte da pulsão é um processo excitatório num órgão, e seu alvo imediato consiste na supressão desse estímulo orgânico [...] a uma dessas classes de excitação designamos como a que é especificamente sexual (FREUD, 1905, p.102-103).


Sendo assim que a pulsão seja sexual, podemos pensar em que se transforma essa pulsão ou o que é feita com ela – mesmo se o que é feito seja inconsciente – e é. Essa pulsão é um veiculo da libido, que vem da necessidade fisiológica/ sexual do homem, assim direcionando-se para atividades sociais e culturais – no artigo em caso – a arte, ocorrendo a sublimação.
Podemos fazer uma analogia da libido com a fome, em questão da linguagem popular – “a fome de prazer”, “a fome de tal objetivo ser alcançado” –. Na publicação de 1905, Três Ensaios Sobre a Sexualidade, Freud nos da um conceito relacionado a essa analogia:

O fato da existência de necessidades sexuais no homem e no animal expressa-se na biologia pelo pressuposto de uma “pulsão sexual”. Segue-se nisso a analogia com a pulsão de nutrição: a fome. Falta à linguagem vulgar [no caso da pulsão sexual] uma designação equivalente à palavra “fome”; a ciência vale-se, para isso, de “libido” (FREUD, 1905, p.83).


Na sublimação, a libido – que vem do impulso sexual – é transformada em libido do ego, e assim ocorrendo uma dessexualização (FREUD, 1923).
Como ou que seria essa dessexualização? A dessexualização é uma etapa inicial da sublimação. Sendo assim podemos utilizar o exemplo que Paul Kline usa em seu livro Psicologia e Teoria Freudiana - Uma Introdução. O exemplo usado de sublimação no caso é de quando a criança está fase anal – entre 2 a 4 anos – ela gosta de manusear as próprias fezes. Assim quando ocorre a sublimação dessa fase ela é transferida para a arte da cerâmica ou pintura – e como afirma em seu livro – até na preparação do pão, quando a massa pegajosa tem que ser amassada para dar forma ao pão, assim relacionando com a fase anal ocorrida na infância (KLINE, 1988).
Freud (1930) afirma que sem a sublimação a civilização não seria possível. Se todos fossem livres e sem nenhuma restrição, não haveria o que sublimar, pois poderíamos nos expressar de forma direta.
Na publicação A Ética da Psicanálise, Lacan diz que a arte é “a elevação do objeto à dignidade de Coisa” (1959, p.140) – chamada por ele de das Ding. No caso isso seria ter o objeto como uma representação e sendo assim consciente dela (KANT, 1983). Em 1781 – na publicação Crítica da Razão Pura – Kant explica a maneira que as representações se formam:

Nosso conhecimento surge de duas fontes principais da mente, cuja primeira recebe as representações (a receptividade das impressões) e a segunda a faculdade de conhecer um objeto por estas representações (espontaneidade dos conceitos); pela primeira um objeto nos é ‘dado’, pela segunda é ‘pensado’ em relação com essa representação [...] Denominamos ‘sensibilidade’ a ‘receptividade’ de nossa mente receber representações na medida em que é afetada de algum modo; em contrapartida, denominamos ‘entendimento’ ou ‘espontaneidade’ do conhecimento a faculdade do próprio entendimento produzir representações (KANT, 1983, p.57).


Isso foi apenas uma introdução, o assunto é bem mais complexo. Fica o link abaixo do meu artigo sobre o assunto.

DOWNLOAD: SUBLIMAÇÃO NA MÚSICA - ASPECTOS ARTÍSTICOS E PSICANÁLISE

BIBLIOGRÁFICA CONSULTADA:
FENICHEL, O. A Teoria Psicanalítica da Neurose.  Nova Iorque: Norton, 1945.
FREUD, S. Três Ensaios Sobre a Sexualidade. (1901-1905) In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Vol. VII. Rio de Janeiro: IMAGO, 1996. – A
____O Ego e o Id e Outros Trabalhos. (1923-1925) In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Vol. XIX. Rio de Janeiro: IMAGO, 1996 - B
____O Mal-Estar na Civilização. (1930) In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Vol. XXI. Rio de Janeiro: IMAGO, 1996. - C
KANT, I. Crítica da Faculdade do Juízo. (1793), Trad. Valerio Rohden; António Marques, Rio de Janeiro: Forence, 2.ed, 1995.
KLINE, P. Psicologia e Teoria Freudiana: Uma Introdução. Rio de Janeiro: Sindicato Nacional dos Editores de Livros, 1988 p.28.
LACAN, J. O Seminário 7: A Ética da Psicanálise. (1959). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Ed. 1997.
MARTINS, L. O Fazer Artístico Para a Psicanálise. Universidade Veiga de Almeida: Rio de Janeiro, 2009.

A música na Pós-Modernidade

0
No final do bimestre passado precisei apresentar um trabalho na faculdade com o tema "A Arte na Pós-Modernidade". Então me responsabilizei pela parte da música e algumas outras, mas deu um problema com o grupo na hora da apresentação e acabei perdendo as outras partes que tinha escrito sobre o mesmo assunto. Mas para quem se interessa pela música, vale a pena conferir o texto abaixo.
Para quem se interessar pelo assunto, eu indico o livro O Mal Estar da Pós-Modernidade de Zygmunt Bauman, que está na referência bibliográfica. Ao ler o texto e passando os olhos pelo livro na colocação de Lyotard, talvez possa entender a bagunça de gêneros musicais que existe na modernidade


Em 1983 Michel Foucault e Pierre Boulez, dois analistas da cultura contemporânea, debatiam o sentido da nova música. Foucault disse:

Não se pode falar de uma única relação da cultura contemporânea com a música em geral, mas de uma tolerância, mais ou menos benevolente, com a relação a um grande número de músicas. A cada um é concedido o “direito” à existência e esse direito é sentido como a igualdade de valor (BAUMAN apud FOUCAULT, 1997, p. 131).

O que Foucault quer dizer é que a música contemporânea (ou pós-moderna) não está ligada a cultura pelo fato de ser uma evolução da música clássica ou da própria música erudita, mas sim por estar dentro da sociedade, por ser diferenciada em cada região e ter o direito a sua existência, assim como tudo que é considerado cultura. Por isso, independente da música ser considerada de grande ou pequena produção ela ainda deve fazer parte da cultura, principalmente pela tolerância ou a igualdade de valor como Foucault diz.

François Lyotard vai dizer que a música, assim como arte, dês da modernidade procura os caminhos da representação do “sublime”. “Os artistas pós-modernos lutam por incorporar o não representável na própria apresentação” (BAUMAN, 1997, p. 133).
Essa colocação de Lyotard é o que explica toda essa “bagunça” de gêneros musicais que existem na pós-modernidade, pois veja bem: Na modernidade contávamos apenas com a música erudita e a clássica, que eram próximas em boa parte. O que ocorria? Os modernos faziam suas obras sublimes exprimindo-se no que já existia e não existia ao mesmo tempo, criavam-se harmonias e melodias inéditas, mas com ideia da música clássica/erudita, sendo assim, representável. Então na pós-modernidade começou a luta por incorporar o não representável, como foi posto acima, criando-se gêneros novos. É o que ocorre em toda pós-modernidade, querendo fazer o sublime de algo não representável assim criando outros e outros gêneros que no fim tem grandes ligações um com o outro.


Bibliografia consultada:
BAUMAN, Z. O Mal Estar da Pós-Modernidade. 1997. Rio de Janeiro: Zahar Ed. 1998.

sábado, setembro 29, 2012


"Verdade?"

0
 Eu estava estudando para a próxima semana, que será de provas na faculdade. Então li dois textos que a Professora falou muito em sala de aula. Os textos falam sobre a ‘verdade’, ambos são de brasileiros, um é do Filosofo Hilton Japiassú e outro é do Físico/Astrônomo Marcelo Gleiser.
Os dois textos são interessantes e falam basicamente que a verdade é mais do que uma simples verdade, ou que tudo é verdade e que nada é verdade. Meio complexo de entender né?! Mas no texto eles deixam bem claro essas questões. São dois textos curtos mas interessantes.
 O texto de Hilton Japiassú tem a leitura mais complexa, acho que por causa da época que foi escrito talvez. Já o de Marcelo Gleiser, eu achei um pouco melhor para entender, talvez porque foi publicado em 2007 e a linguagem seja mais atual.
Abaixo estão os dois textos para quem quiser ler.




O PROBLEMA DA VERDADE
Hilton Japiassú

     Do ponto de vista epistemológico, nenhum ramo do saber possui a verdade. Esta não se deixa aprisionar por nenhuma construção intelectual. Uma verdade possuída não passa de um mito, de uma ilusão ou de um saber mumificado. Face à verdade, devemos padecer de profunda insegurança. É preciso que morra a ilusão do Porto Seguro.
     Por que é uma ilusão tétrica; revela uma neurose geométrica. Ao invés de vivermos das evidências e das teorias certas, como se fossemos proprietários da verdade, precisamos de viver de aproximações da certeza e da verdade. Porque somos seus pesquisadores, e não seus defensores. A este respeito torna-se imprescindível uma opção, crítica. Esta só pode surgir da incerteza das teorias estudadas.
     Se estas já fossem certas, não haveria possibilidade de se fazer uma opção. Por isso, creio ser um atentado contra o processo de maturação intelectual toda tentativa de se ministrar ou transmitir a verdade. O que precisamos fazer é relativizar as produções intelectuais e os produtores de conhecimento. Vejo como algo de extremamente saudável, fonte de saúde mental e intelectual, o gosto amargo das incertezas e a dor íntima do desamparo face a posturas intelectuais relativizadas, incapazes de se ancorarem em parâmetros, absolutos. Quem do ponto de vista do saber só pode andar de corrimão ou amparado por muletas, está despreparado para a vida. A Angústia da incerteza, o sentir-se perdido e a descoberta tão decepcionante de que nossas verdades não são a verdade, constituem parte essencial da processualidade de nossa razão, e devem acompanhar-nos até o túmulo. A processualidade do saber, quer científico quer filosófico, de forma alguma vem denegrir a ciência e a filosofia. Pelo contrário, vem reconhecer seu verdadeiro estatuto. Só se sentem denegridos os cientistas e filósofos obtusos e dogmáticos porque no fundo, não querem ver morrer seus ídolos. 
E tudo isso nada tem a ver com ceticismos. O céptico simplesmente não acredita na possibilidade de conhecimento. Aqui se trata apenas de tratar de revelar os limites do conhecimento, nunca de negar sua possibilidade.
     Se o conhecimento é uma miséria ordinária ainda assim vale como miséria. A paranóia começa quando nele se vê o reino da abundância.
                                                                 
Hilton Japiassú, questões epistemológicas - p.p 35-36



SOBRE A VERDADE
Marcelo Gleiser

Além de toda a subjetividade humana, o que é real ou não? 

O que é a verdade? O dicionário (Aurélio) nos diz que verdade é "conformidade com o real". Complicado isso, já que determinar o que é ou não "real" não é trivial. O que é real para uns, por exemplo, anjos, fadas e duendes, pode não ser para outros. 
Segundo essa definição, para determinaram o que é verdadeiro temos que conhecer bem a realidade.
E como fazer isso? Como distinguir, além da subjetividade humana, o que é real ou não? Esse é o problema, separar fato de opinião, o que é real "de verdade" do que é apenas fruto de uma visão pessoal ou de crenças de um grupo de pessoas.
Se tudo o que fazemos está ligado de um modo ou outro a quem somos, como, então, definir o que é verdade? Uma possibilidade é estabelecer categorias de verdade. No topo, ficam as verdades absolutas, que transcendem o elemento humano.
Elas independem de opinião, de afiliação partidária, de religião, de contexto histórico ou de geografia. São as verdades matemáticas, as que podem ser afirmadas categoricamente, como por exemplo: 2+2=4. 
Essa afirmação, uma vez compreendidos os símbolos, é tida como verdadeira.
Ela é verdadeira para nós, para os monges de um monastério no Tibet, para sacerdotes egípcios que viveram há quatro mil anos, ou para supostas inteligências alienígenas que existam pelo cosmo afora.
Como esta, existem muitas outras, baseadas em asserções matemáticas que dependem da percepção de objetos no mundo. Se vemos uma pedra podemos associar uma unidade a ela ("uma" pedra).
Se vemos uma podemos ver mais de uma e, com isso, construir uma aritmética. São muito úteis essas verdades matemáticas, mas menos interessantes. Não que a matemática pura seja pouco interessante, pelo contrário.
Existem complicações mesmo nela, inclusive ao nível mais elementar, algo que podemos tratar num outro domingo. Mas por serem verdades absolutas e, portanto, longe da confusa realidade humana, não dão muito espaço para a polêmica. 
A coisa fica complicada quando se discute, por exemplo, a realidade física. O Universo, ou melhor, nossa concepção dele, mudou muito nos últimos 500 anos. 
Para uma pessoa da Renascença, antes de Nicolau Copérnico (1473-1543), o cosmo era finito, com a Terra imóvel no centro. O céu, a morada de Deus, ficava além da esfera das estrelas fixas. Era ela que marcava o fim do espaço.
Após Copérnico e, principalmente, após Johannes Kepler (1571-1630) e Galileu Galilei (1564-1642) nas primeiras décadas do século 17, o Sol passou a ser o centro do cosmo e a Terra um mero planeta. 
O que era "verdade" para alguém de 1520 não era para alguém de 1650. E o universo em que vivemos hoje, gigantesco, com centenas de bilhões de galáxias se afastando uma das outras, é completamente diferente do de uma pessoa de 1650. 
Qual dessas várias cosmologias é verdadeira?
Todas e nenhuma delas. Se definimos como verdade o que construímos com o conhecimento científico que detemos num determinado momento, todas essas versões são verdadeiras. Mas nenhuma delas é a verdade. 
Dado que jamais poderemos medir com absoluta precisão todas as facetas do cosmo e da Natureza, é essencialmente impossível obter uma versão absoluta do que seja a realidade física. Consequentemente, a ciência jamais poderá encontrar a verdade.
O que podemos fazer - e o fazemos maravilhosamente bem - é usar nossa razão e nossos instrumentos para nos aproximar cada vez mais dessa verdade intangível. É essa limitação que enobrece a ciência, dando-lhe sua dimensão humana.


Marcelo Gleiser é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA) e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Artigo publicado no caderno “Mais!” da “Folha de SP”:

segunda-feira, setembro 17, 2012


Projeto de Pesquisa: Música e Politica

2
Olá pessoal, alguns meses a trás eu tive que fazer um projeto de pesquisa da disciplina de Metodologia Cientifica, então resolvi desenvolver um assunto falando sobre Música e Politica, a relação entre as duas coisas, sempre achei interessante a música politizada.

Abaixo então está meu projeto de pesquisa que coloquei em forma de postagem para os leitores dar uma lida, mas quem quiser ele em formato de projeto, aqui esta o link para download.





MÚSICA E POLITICA
Músicas com abordagens politicas e sociais, dês dos anos 60 até a atualidade.

A maior parte da sociedade vê a música como uma forma de protesto social? Por que a mídia atual não eleva músicas sócio-políticas e opta por canções cada vez mais banais ao desenvolvimento social?

DÉCADA DE 60 E 70

Em algumas décadas atrás, em 60 e 70 a música era bastante relacionada a politica, tanto no Brasil como na Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e outros países. Nesse período, com a ditadura militar no Brasil surgiu vários artistas que questionavam essa politica com a música, que na época seria a “Música Popular Brasileira” mais conhecida como “MPB”. Artistas famosos como Caetano Veloso, Elis Regina, Gilberto Gil e Chico Buarque levantaram um tema mais politizado na música, protestando contra o regime militar, contra opressão, contra a censura, etc., que desencadeou polemicas na época.
No meio da década de 70, mais especificamente em 74, nos Estados Unidos surgiu a música Punk, que rapidamente foi exportado para a Inglaterra tornando uma “febre” na sociedade adolescente inglesa, assim se transformando em um movimento social em busca da liberdade de expressão. Desse meio saiu movimentos Punk's mais voltados para a Anarquia e Socialismo, “depredando” em certa parte os lideres burgueses.música, protestando contra o regime militar, contra opressão, contra a censura, etc., que desencadeou polemicas na época.
Ainda na década de 70 ouve uma polemica sobre uma música do primeiro álbum da banda Punk “Ramones”, pois a ultima música desse álbum, chamada “Today your love, tomorrow the world” (“Hoje o seu amor, amanhã o mundo”) havia uma ironia de protesto contra o Nazismo que provocava principalmente uma parte da sociedade Alemã, que não levaram como ironia.

“Eu sou um combatente adormecido
Sim eu sou
Eu sou uma estrela nazista
Você sabe que eu luto pela pátria
Garotinho alemão
Sendo empurrado por ai
Garotinho alemão
Numa cidade alemã
Hoje o seu amor, amanhã o mundo”

Junto ao movimento veio crescendo algumas bandas da época que eram bastante criticas a politica, tais como The Clash e Sex Pistols que tornaram as maiores influências na Inglaterra na década de 70.


DÉCADA DE 80

Na década de 80, com o sucesso do Punk, cada vez mais aparecia bandas do gênero e com músicas cada vez mais politizadas, assim surgindo uma música muito semelhante ao Punk, mas foi rotulada como “Hard Core”.
O Hard Core era um Punk mais elevado, com um instrumental mais rápido, letras que também criticava a politica,
talvez não tanto como o Punk, pois foi criado em um período pós-ditadura. Um exemplo de Hard Core é a banda “Dead Kennedys” que estava sempre questionando o poder politico com suas músicas.
Em 85, com o fim da ditadura militar no Brasil, começou um grande sucesso do Rock Nacional. Com Legião Urbana, Titãs, Engenheiros do Hawaii e outras bandas, a música politizada começou ser levada ao topo da mídia brasileira. Em outubro de 1987 a banda Legião Urbana lança a música “Que País É Esse?” que foi uma explosão na mídia de nosso país, levando pessoa pensar mais sobre tudo o que está à cima de nós, o poder politico.


DÉCADA DE 90

Na década de 90, a música politizada não teve tanto sucesso como nos anos anteriores, mas mesmo assim estavam nascendo bandas que se juntaram a partir da influência dessas músicas.
No Brasil, começou o destaque de bandas como, Capital Inicial, CPM22, Charlie Brown Jr., que foram realmente chegar ao auge na década de 2000. Nos Estados Unidos começaram bandas que com o tempo projetou neles mesmos a abordagem politicas na música, como Green Day e Offspring.


DÉCADA DE 2000



Em 2001, com o atentado de 11 de Setembro nos Estados Unidos, a mídia americana foi calada, criando assim a oposição da administração do ex-presidente George W. Bush. Então desde esse período a banda Green Day veio trabalhando em algo que pudesse abrir a mente dos americanos, que pudesse mostrar tudo o que estava havendo em sua volta. Com isso então foi lançado o álbum “American Idiot” no ano de 2004, o álbum foi do inicio ao fim somente criticando a politica americana da época.

Abaixo está uma parte da música “American Idiot”, que fala de como as pessoas estavam
alienadas e controladas pela mídia que o governo impunha.



“Não quero ser um americano idiota
Não quero uma nação governada pela nova mídia
Você pode ouvir o som da histeria?
A mente subliminar fode a América
Bem-vindo a um novo tipo de tensão.
Baseado na alienação
onde tudo não é feito para ser aprovado
Os sonhos criados pela televisão
Os quais não somos obrigados a seguir
Já nos dão razão suficiente para nos opor
Bem, talvez eu seja um viado America.
Mas eu não sou parte de um grupinho ignorante
Agora todo mundo faz propaganda.
E canta junto feito um bando de paranoicos”



ATUALMENTE

E atualmente? Existe essa música politizada? Existe e sempre existiu, mas ela não esta na mídia superior, se você pesquisar na internet por bandas ou grupos independentes você vai achar várias músicas politizadas.
Hoje em dia, o Rap e o Hip Hop são os estilos de músicas que abrange uma boa parte da música politizada, falando das classes sociais e a posição governamental sobre isso.